terça-feira, 7 de outubro de 2008

VIVÊNCIA do ISOLAMENTO e da EXCLUSÃO na Escola Municipal Jorge Ayres de Lima. Orientadora Conceição se mobilizava para me tirar de escola municipal de Belford Roxo e me prejudicava (professora Faiza Khálida, matrículas 5508 e 14725). Em um determinado momento não havia ponto para assinar, turmas para trabalhar e o meu salário foi cortado por meses sem nenhuma comunicação.


Mensagem da aluna Marela da 601 no meu ORKUT
ALUNA' marcela ♥♥♥ ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA DA TURMA 601:
a senhora parou de dar aula no qprofessora oq aconteceu ta tao sem graça sem vc!!!!
poxa volta pra la professora por favor nada faz sentido sem a senhora lá!
beijos

Minha resposta para a aluna Marcela no ORKUT
PROFESSORA FAÍZA :
Ontem eu fui dar aula para você . A coordenadora Cássia não me deixou eu dar aula para a turma 601.
Ela me disse que a professora Lenísia, de Português, que iria dar aula , de inglês , no meu lugar. Fiquei na sala dos professores sem poder dar aula para VOCÊ. 


Uma das mensagens acima foi escrita pela aluna Marcela da turma 601 para mim no meu perfil da antiga rede social ORKUT em 2008. Embaixo da mensagem dela tem a minha resposta. 

A Marcela escreveu essa mensagem para mim porque em 2008 eu dava aulas para a turma dela. Eu estava desenvolvendo um ótimo trabalho nesta turma, tinha um ótimo relacionamento com os alunos e o trabalho, milagrosamente, estava tendo um excelente resultado.

Pais dos alunos da turma 601 estavam sendo abordados pela orientadora pedagógica Conceição (Maria da Conceição da Silva Pereira) para assinarem abaixo-assinado para que eu saísse da escola da Escola Municipal Jorge Ayres de Lima.

FOTO: OP (orientadora pedagógica) Conceição
(Maria da Conceição da Silva Pereira)

Uma mãe de uma aluna minha da escola municipal escondida esperou que eu saísse da escola e me contou lá fora que a orientadora Conceição embora tenha se empenhado, não conseguiu em uma reunião que ela havia feito na unidade educacional que 15% dos pais da turma 601 assinassem o documento que pedia para eu sair da escola.



Ela me contou que a O.P. Conceição não se deu por vencida na reunião pela baixa adesão dos pais em sua campanha pela minha exclusão da escola municipal. Ela prontamente marcou outra reunião com os pais desta turma onde ela anunciou que faria uma nova tentativa de reunir as assinaturas dos responsáveis pela minha saída da escola municipal Jorge Ayres de Lima.
Esta nova reunião seria logo na segunda-feira próxima àquela data. O responsável falou comigo que a orientadora pedagógica Conceição tinha PRECONCEITO comigo e queria me excluir da escola.
A responsável disse que chegou a falar isso diretamente para a pedagoga Conceição. Disse inclusive que ele queria que tivesse a opção que não foi dada de que ela pudesse assinar para que eu permanecesse na escola municipal Jorge Ayres de Lima.



A responsável disse que pediu que fosse feito um abaixo-assinado para que eu pudesse continuar na escola municipal Jorge Ayres, mas ela não foi atendida.

A orientadora Conceição alegava para os pais desta turma que eu era faltosa, mas a orientadora pedagógica não conseguiu convencê-los de que eu deveria sair da escola. Eles disseram para ela que estava tudo justificado na internet,  nos meus blogs, fotoblogs. Que era só ela querer ler na internet o que estava realmente acontecendo.
Os pais me disseram que havia outra professora na mesma turma que faltava, mas que a orientadora pedagógica Conceição não tocou no nome dela na reunião, não quis tomar conhecimento desta outra professora que faltava, nem quis fazer abaixo-assinado para tirar da escola esta outra professora. Ela se dedicava em   tentar promover procedimento administrativo para me prejudicar.



Em 2008, em meio a um quadro de transtorno mental, esgotamento psíquico, dificuldades, inquérito administrativo disciplinar, essa turma 601 da escola municipal Jorge Ayres de Lima era um oásis em meio a tanto sofrimento que eu sentia no trabalho. Milagrosamente, eu conseguia dar ótimas aulas sucessivas para o descontentamento da orientadora pedagógica Conceição. A energia desta turma era muito positiva, algo realmente grandioso, de Deus.

Faltando uns 10 minutos antes de dar o horário para iniciar a minha aula na 601 da escola municipal Jorge Ayres de Lima, a turma inteira gritava o meu nome de forma uníssona, harmônica e tão alto que dava para se ouvir em todos os cantos da escola. Esse fato por um lado me causava uma situação enormemente constrangedora, principalmente com o professor Roberto que normalmente se encontrava em sala de aula nesta turma, mas, graças a Deus, ele aparentemente nunca se sentiu mal e desrespeitado com esta situação. Os alunos da turma 601 ficavam tão alegres, felizes, satisfeitos, receptivos e motivados com a minha presença na sala de aula que praticamente tornava mágico cada momentos que nós vivíamos naquelas 2 horas de aula. Eram momentos que superavam a compreensão humana, algo de Deus mesmo.

Alunos desta turma durante as aulas me contavam que a orientadora pedagógica Conceição perguntava a eles até na sua sala de atendimento na escola municipal por qual motivo eles gostavam tanto de mim, que não havia motivo para isso, que eles não deveriam gostar de mim.

Embora eu estivesse prejudicada na escola no meu trabalho com outras turmas, nesta turma estava tudo indo além do esperado. 

Em um determinado dia do ano, chegando a Escola Municipal Jorge Ayres de Lima, a coordenadora do turno da tarde Cássia Conceição Fernandes de Oliveira me disse que a partir daquele instante eu não daria mais aulas para esta turma que era a única que eu conseguia trabalhar na escola em 2008. Ela me comunicou apenas que a professora de Língua Portuguesa da escola Lenísia Nascimento Junqueira (10/005480) passaria também a dar aulas de inglês para a turma 601 no meu lugar. Ela também me avisou que os meus diários de classe desta turma ficariam sob a responsabilidade da professora de português Lenísia.

Não houve uma justificativa aceitável para essa decisão porque as outras turmas onde eu não estava conseguindo trabalhar não foram substituídas pela professora Lenísia Nascimento Junqueira ou outro professor.

Os alunos da turma 601 me perguntavam o motivo dessa substituição. Os pais dos alunos desta turma queriam que eu continuasse dando aulas para eles e eu ficava naquele horário na escola isolada. As pessoas me ignoravam, não falavam comigo. Não havia mais folha de ponto para eu assinar na escola.

O meu período de trabalho na turma 601 foi o único que eu consegui realizar em 2008 na escola municipal Jorge Ayres de Lima. Em um dia em que eu estava na sala dos professores isolada, apareceu lá a orientadora pedagógica dos outros turnos nessa escola Aldélia Magaldi de Moraes (10/005544-2). Ela me perguntou de forma informal por qual motivo eu não saía da escola municipal Jorge Ayres de Lima onde eu não mais conseguia trabalhar e levava essa matrícula para a escola municipal Julio César de Andrade Gonçalves onde eu também estava lotada e não haveria impedimento ao meu trabalho. A orientadora Aldélia trabalhava nos outros turnos nessa escola, no da manhã e no da noite.

Eu já havia trabalhado com a orientadora pedagógica Aldélia no turno da noite nessa mesma escola. Mesmo com os constantes embates estressantes, confusões e desrespeitos que havia sobre a minha condição sexual transexual e o  intenso desgaste emocional e psicológico em busca do respeito dentro e fora da sala de aula, havia uma conduta profissional e ética da orientadora pedagógica Aldélia que me ajudava a caminhar perante essas e outras dificuldades.

De fato, eu trabalhava também na Escola Municipal Julio César de Andrade Gonçalves em outra matrícula e gostaria de que o conselho da orientadora Aldélia fosse válido porque eu gostava de pessoas que trabalhavam na escola municipal Julio César. Mas aconteceu que, repentinamente, em 2008, após eu ter me negado a fazer algo que eu não queria fazer e que a diretora da escola me pedia, a diretora Leci passou a me ignorar também e a não falar mais comigo.



A diretora Leci da Escola Municipal Júlio César de Andrade Gonçalves passou a não me dirigir mais a palavra e a me ignorar visivelmente contrariada de fazer isso. Eu falava com ela e ela não me respondia. Com certeza ela foi pressionada pela Secretaria de Educação, por uma instância superior ou política a não me dirigir mais a palavra porque a Leci da Silva Correia era um ser humano que não maltratava as pessoas. Ela deve ter sofrido muito de ter que fazer isso comigo, pois eu acredito que ela não queria.

Eu não quis fazer o que a diretora Leci da Silva Correia (mat. 47525) estava me pedindo, não por causa dela, mas por causa do contexto de perseguição que eu enfrentava, por causa da transformação do que eu fazia no trabalho em registro, ocorrência, relatório visando uma punição minha administrativa. Isso acontecia deliberadamente sem eu dar motivos. Caso eu fizesse algo que desse motivo então, certamente seria mais prejudicada ainda certamente.

O fato é que a orientadora educacional da escola municipal Julio César passou a me humilhar também no mesmo instante em que a diretora Leci passou a me ignorar.

A orientadora educacional da escola municipal Julio César Deise de Souza Oliveira passou a reproduzir situações constrangedoras. Gritava comigo na sala dos professores. Mandava eu ir, voltar, ir de novo como se eu fosse um bicho, etc. Me tirava da sala de aula para tomar bronca toda hora. Ela me dizia que eu não devia dar aulas. Que eu tinha que fazer shows em boates gays devido a minha condição sexual, etc. A orientadora educacional da tarde da escola Júlio César passou a me tratar como a orientadora pedagógica Conceição e a reproduzir situações que me ocorriam na escola municipal Jorge Ayres de Lima.



Eu passei a me encher de remédios também durante o meu tempo de trabalho na escola municipal Julio César de Andrade Gonçalves para aguentar, mas eu não conseguia aguentar e os remédios não faziam efeito desejado. Eu me abalava profundamente.

No fundo, os funcionários que são de confiança e os que são contratados ficam nesta situação em Belford Roxo. Devem se submeter as decisões que são impostas. Os que não se submetem, dançam.

A diretora Leci da Silva Correia, a orientadora educacional da escola Julio César, a coordenadora da escola municipal Jorge Ayres Cássia Conceição Fernandes de Oliveira tinham funções em que deviam obedecer aos superiores.

A própria orientadora pedagógica Aldélia Magaldi de Moraes em uma época também já foi vítima de injustiça e assédio moral no serviço público em Belford Roxo. Ela ficava afastada da escola municipal Jorge Ayres de Lima e permanecia na Secretaria de Educação de castigo segundo as pessoas comentavam com escárnios no turno da tarde.

Eu nunca entendi por que motivo havia tantas pessoas na escola Jorge Ayres que riam do estado que esta profissional era obrigada a passar na Secretaria de Educação de Belford Roxo. Diziam na escola debochando que o trabalho da orientadora Aldélia Magaldi era contar contracheques. Diziam que ela era humilhada na Secretaria de Educação.

Funcionários da escola municipal Jorge Ayres de Lima na época que foram para a secretaria de educação pedir pela volta da colega disseram que a Secretária de Educação Maíses Rangel Suhett era tão prepotente que ela disse para eles que a volta da orientadora pedagógica Aldélia Magaldi de Moraes para a escola municipal Jorge Ayres ficaria a gosto de Deus, sendo que deus era ela mesma. A Secretária de Educação Maíses Rangel Suhett se comparava a Deus em referência também a poder fazer tudo o que quisesse com a vida profissional dos funcionários públicos professores.

Eu me sentia cada vez mais injustiçada, isolada, perseguida, transtornada, instável, descontrolada, amedrontada, confusa, impotente, sem condições mentais e psicológicas para trabalhar. 



(Professora Faiza Khálida Fagundes Coutinho - Prefeitura Municipal de Belford Roxo, matrículas 5508 e 14725, Identidade 09089680-4, CPF 024114147-81)

Bendito é o preciosíssimo sangue do Senhor Jesus Cristo.

Jesus é o caminho.

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo para sempre.




Clicar no trecho abaixo para ler:


















15- Funcionários públicos municipais de Belford Roxo desrespeitavam a identidade de gênero de transgêneros, travestis e transexuais.
















16- O RELATÓRIO SOBRE O II CONSELHO DE CLASSE DE 2007 NA ESCOLA MUNICIPAL JORGE AYRES DE LIMA FEITO PELA ORIENTADORA PEDAGÓGICA CONCEIÇÃO COM O OBJETIVO discriminatório DE ME PREJUDICAR.


17- 2002 foi o ano em que pela primeira vez eu senti que havia ficado doente por causa do trabalho. 


18-  Em processo administrativo de 2003 arquivado pela PROCURADORIA eu pedi socorro e registrei "que inúmeras vezes me encontrava chorando e relembrando esses tristes episódios no trabalho que não conseguia mais tirá-los da minha cabeça sentindo sintomas psiquiátricos  pedindo em nome do Senhor Jesus Cristo ajuda médica e psicológica ".


19- Procuradora de Belford Roxo DÉBORA FERNANDES CORDEIRO PINTO (matrícula 80/28.585) também ligada a igreja evangélica recusou por 2 vezes o meu pedido de readmissão. FOI CURTA E GROSSA. NÃO COMENTOU SOBRE O LAUDO MÉDICO APRESENTADO. NÃO SE INTERESSOU EM AVERIGUAR O QUADRO PSIQUIÁTRICO. NÃO FEZ REFERÊNCIA AOS PROBLEMAS SOCIAIS E AO PRECONCEITO NO TRABALHO. IGNOROU TUDO SIMPLESMENTE.


20-  Não condene alguém com transtorno bipolar com sintomas psicóticos no mundo do trabalho. É o que eu posso ensinar às pessoas para que o mundo seja um pouco melhor  diante do quadro em que eu vivi no meu emprego de professora concursada e efetiva da Prefeitura Municipal de Belford Roxo.


21- Demitida em 2010 por causa do período de comprometimento mental e psíquico em virtude do preconceito e transtorno bipolar.




22- Defesa dos inquéritos disciplinares e administrativos referentes a professora em processo transexualizador Faiza Khálida (NUDIVERSIS - Núcleo de Defesa da Diversidade Sexual e dos Direitos Homoafetivos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro).


23- Praticamente todos na Prefeitura Municipal de Belford Roxo sabiam que eu lutava contra um preconceito que impactava a minha saúde psicológica e mental. A administração Pública de Belford Roxo se fez de cega.O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER.


24- Psicólogo do programa Rio Sem Homofobia esteve na Procuradoria de Belford Roxo explicando o meu adoecimento, nem assim houve reconhecimento, avaliação ou consideração  do meu quadro de doença descritos em laudos médicos e psicológicos.


25- Extravio de ofício e processo na Secretaria de Educação referente a professora em processo transexualizador Faiza Khálida.


26- Processo Judicial número 0004742-25.2012.8.19.0008 se encontra na segunda Vara Cível de Belford Roxo desde 02/03/2012.



27- A violência de gênero, o assédio moral, a desvalorização do magistério e o constrangimento no trabalho em Belford Roxo são realidades. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Tudo isso também leva a Educação Municipal de Belford Roxo para o último lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na Baixada Fluminense.





Depressão não é frescura, é doença!

 Depressão é uma doença e precisa ser tratada