sábado, 2 de julho de 2016

A PRÁTICA SISTEMÁTICA E TRANSFÓBICA DA DEMISSÃO DE PROFESSORAS TRANSEXUAIS E O PRECONCEITO NO MERCADO DE TRABALHO. TRANSFOBIA NAS ESCOLAS E NA EDUCAÇÃO PÚBLICA E PARTICULAR. Luíza Coppieters, Camila Godoi, Vitória Bacon, Laysa Carolina Machado, Sangita, Nicolly Bueno, "Natiely", Dávila Medeiros, Mayte Pradocampos, Herbe de Sousa, Mara Michele, Thalia Agnys e Faiza Khálida foram algumas professoras transgêneras, transexuais ou travestis que foram demitidas, perseguidas com relatórios difamatórios, desviadas de função, desprezadas, devolvidas, agredidas, discriminadas, rejeitadas, difamadas, julgadas, condenadas, que sofreram desgastes emocionais, bullying, chacotas, assédio, constrangimento ou que passaram a ter problemas de saúde como depressão e síndrome do pânico por causa do preconceito às suas identidades de gênero.



Luíza Coppieters
Como Luizão, deu aula no Anglo por 5 anos. Ao virar Luiza, foi demitida. Quando os patrões souberam começou a ser pressionada para não errar. Aulas dos primeiros anos foram cortadas. Salário teve corte, seus grupos de debates foram cancelados, e mesmo com licença médica por depressão sem conseguir sair de casa, síndrome do pânico e tentativas de suicídio devido a esses problemas, o Colégio Anglo a demitiu por “problemas profissionais”.

http://faizakhalida.blogspot.com.br/2015/07/professora-transexual-e-demitida-por.html



Camila Godoi
Camila Godoi, professora do Ensino Médio e mulher transgênera, foi demitida por assumir a sua identidade de gênero nas 2 Escolas onde trabalhava há 20 anos.

A professora do Ensino Médio e Superior Camila Godoi foi demitida na virada de semestre de 2015 nas 2 escolas onde trabalhou há 20 anos, o Colégio Anglo Jacareí e o Colégio Cristão de Jundiaí porque os mantenedores de ambas as escolas tomaram conhecimento de que ela é uma mulher transgênera; e,  se preparava para viver, a partir de 2016, publicamente como mulher.
As demissões ocorreram mesmo ela sendo uma profissional respeitada entre os alunos, os funcionários e os demais professores ao longo dos 20 anos. A professora Camila contava com o apoio das pessoas para assumir a sua identidade de gênero a partir do ano seguinte.
Quando souberam da demissão da professora, os alunos começaram uma campanha no Facebook de apoio que se alastrou e tomou grandes proporções.
A Escola demitiu Camila por um e-mail informando que os alunos não deveriam tomar conhecimento desse lado de sua vida pessoal.

"No entanto era imprescindível que o sigilo dessa sua condição fosse mantido junto à comunidade escolar, devido aos valores que a instituição escolheu defender quando estabeleceu o nome Cristão".



Sangita
(A Hijra professora virou moradora de rua) 

A Hijra Sangita, foi demitida de seu emprego (era professor) por ter a imagem de um rapaz efeminado, resultou em sua demissão. Ela mudou-se para Mumbai para melhor qualidade de vida e aceitação de sua identidade de gênero, mas o preconceito continuou a gritar mais alto, e por falta de opção no mercado de trabalho e não aceitar ser uma profissional do sexo, hoje Sangita é moradora de rua.




"Natiely"
(professora transexual não operada)
DESPREZO DO GOVERNO E DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Ela trabalhou durante 9 anos como educadora do governo do estado de Goiás. Em 2013 recebeu várias facadas de um aluno e  ficou entre a vida e a morte. Apesar dos 9 anos de serviços recebeu o desprezo do governo e da Secretaria de Educação.




DÁVILA MEDEIROS , EX-PROFESSORA TRANSEXUAL, TAMBÉM FOI VÍTIMA DA TRANSFOBIA

A ex-professora Dávila Medeiros também já foi vítima da transfobia. Ela trabalhou cinco anos na Educação e ela tem plena consciência de que foi tirada da Educação desde os instantes em que ela começou a usar roupas femininas. Segundo a ex-professora Dávila Medeiros a sociedade condena e julga  tanto as transexuais que trabalham como professora como as transexuais que trabalham como stripper ou na prostituição.




MAYTE PRADOCAMPOS TEVE QUE ABRIR MÃO DO SEU GRANDE SONHO

Mayte Pradocampos  também já foi professora. Quando ela lecionava, o grande problema era com os pais das crianças que não admitiam que os filhos deles a chamassem de professora. Ela ficou muito triste nessa fase de sua vida porque ser professora era o seu grande sonho. Ela teve que abrir mão de lecionar e buscar outra atividade para viver.




Vitória Bacon
Vitória Bacon é professora transexual do estado de Rondônia o que lhe rendeu muita discriminação de gestores e pais de alunos. (PROGRAMA VIVA PORTO VELHO)

http://www.gentedeopiniao.com.br/noticia/vitoria-bacon-e-suzana-goncalves-no-viva-porto-velho/80448
PERSEGUIÇÕES COM RELATÓRIOS DIFAMATÓRIOS
"Ela sofreu perseguições por parte de diretores, professores, pais e alunos por ser transexual. O fato de se vestir como mulher  afetou a moral e os bons costumes evangélicos. O caso chegou ao ponto de diretores de escolas acirrarem os pais dos alunos para reclamarem do mau exemplo dado às crianças por uma pessoa transexual feminina se vestir de mulher, originando relatórios difamatórios sem direito à autodefesa.

http://portugalgay.pt/news/Y250609A/brasil_professora_transexual_discriminada_em_rondonia

CARTA ENVIADA PELA PROFESSORA VITÓRIA BACON PARA A IMPRENSA:
"Em todas escolas que executei atividades docentes, percebia desde o instante que tomava posse a não aceitação dos diretores, professores e alunos. Estes, começando pelos diretores, alegam que uma pessoa transexual ou travesti não possui as devidas condições sociais para atuar em sala de aula. A questão de nos travestirmos como mulher acaba afetando a moral e o costume de uma cidade que com uma altíssima porcentagem de evangélicos. Isso acaba sendo o nosso “calcanhar de aquiles”".
http://www.imprensapopular.com/see.asp?codnews=3233&categoria=reportagem&chamada=Professora+se+diz+impedida+de+dar+aulas+por+ser+transexual


A professora transexual Vitória Bacon recorreu a Justiça para trabalhar após ficar sem conseguir se manter contratada por nenhuma instituição. "“Eles faziam chacotas, tinham o apoio de alguns responsáveis pelas escolas e sempre acabam se reunindo para me ‘devolver’ à Seduc".




Nicolly Bueno
(transexual)
SAÚDE ABALADA
PAIS NÃO CONCORDAVAM COM DECISÃO DE ASSUMIR TRANSEXUALIDADE E O SETOR JURÍDICO DA PREFEITURA NEGOU DIREITO AO NOME SOCIAL
A Professora de Ensino Fundamental Nicolly Bueno da Rede Municipal de Ensino de Presidente Venceslau  desde que assumiu a identidade transgênera passou a trabalhar no Centro Cultural “Salvador Lopes” passando a ter problemas pessoais e de saúde se afastando para fazer tratamento. Até o momento não tem uma sala adequada para que ela possa continuar a desenvolver o seu trabalho, disse em entrevista.
O impasse vivido por Nicolly Bueno não é recente. Há anos, ainda na gestão do ex-prefeito Ernane Erbela, alguns pais não concordavam com sua decisão de assumir a transexualidade e a professora passou a trabalhar com projetos.
“Naquele momento foi uma decisão do ex prefeito. O setor jurídico da Prefeitura Municipal, por exemplo, me negou o uso do meu nome social, alegando falta de legislação local a respeito. Já na universidade, a diretoria técnica enviou comunicado a todos os docentes sobre a decisão do meu direito ao uso do nome social, inclusive na lista de chamada. Isto mostra que nosso município está retrógrado neste sentido e não tem feito nada até o momento em relação à igualdade de direitos dos cidadãos transgêneros”, finalizou Nicolly Bueno.
http://debateepitacio.blogspot.com.br/2014/05/professora-transexual-devera-assumir_27.html





Laysa Carolina Machado
(diretora, professora e atriz)
FOI DEMITIDA APÓS SAIR EM PÚBLICO COM SEU PRIMEIRO VESTIDO SOB ACUSAÇÃO DE "SUBVERSÃO"
"O preconceito se esconde e escamoteia no seio da docência, culturalmente velada, bem elaborado e fatalmente irônica". 
http://www.nlucon.com/2014/05/laysa-carolina-machado-diretora-transexual-entrevista.html
Diretora transexual de colégio público eleita democraticamente diz ter de "matar um leão por segundo".
Na cidade natal, no interior do Paraná, enfrentou rejeição da família e foi demitida do colégio católico em que lecionava sob acusação de "subversão" depois de sair em público com seu primeiro vestido, aos 27 anos.   "Eu fui execrada. Perdi tudo: amigos, emprego."
No Colégio Estadual Chico Mendes, onde está desde 2004, ela diz que enfrentou preconceito especialmente dos colegas de trabalho. "Eram risinhos, chacotas. O pensamento de algumas pessoas era assim: como que pode travesti dando aula? Travesti tem que estar na prostituição, e não aqui."




Herbe de Sousa
 (professora de escola pública e travesti)
 
Desde os 5 anos a hoje a funcionária da rede pública municipal de Caieiras na Grande São Paulo sofre bullying, agressões e assédios na escola, no transporte público e nas ruas devido a sua sexualidade.
http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/minhahistoria/2016/05/1767302-sou-travesti-e-nao-me-prostituo-diz-professora-de-escola-publica-de-sp.shtml




Thalia Agnys
AVISO DE REUNIÃO REUNIÃO  COM SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO PARA TRATAR DO BEIJO DA PROFESSORA TRANSEXUAL EM SEU NAMORADO

A professora transexual Thalia foi avisada pela Vice-diretora da Escola Municipal Mateus Viana em Caiacó, onde ela trabalha, de que a Secretária Municipal de Educação marcou uma reunião com ela para tratar sobretudo do beijo que a professora deu em seu namorado. Esta Reunião aconteceu na segunda-feira, dia 09/11/2015, no Centro Administrativo. Estiveram nesta reunião além da professora Thalia e uma amiga, a  Sra. Secretária de Educação, 3 Pedagogas, a diretora e a vice-diretora da escola. Esse evento causou um enorme desgaste emocional à professora transgênera que luta diariamente para ser quem ela é. Esse episódio terminou em protesto nas ruas de Caicó e chamou a atenção da sociedade, da imprensa.
http://faizakhalida.blogspot.com.br/2015/11/a-professora-transexual-thalia-foi.html



Marina Reidel
(professora transexual, docente há mais de 20 anos)
PRECONCEITO DOS COLEGAS DE TRABALHO.
A GENTE SE SENTE UMA ILHA NA ESCOLA.
Marina Reidel revelou em entrevista que enfrenta o preconceito dos colegas de trabalho. Comentários como "você é um homem de peito" ou dúvidas sobre sua competência profissional apareceram. A dificuldade enfrentada por ela se repetia nos relatos de outras professoras transexuais. “A gente se sente uma ilha na escola".
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/02/professora-transexual-preconceito-esta-nos-docentes-nao-nos-alunos.html




Primeira Doutora Travesti e professora universitária Luma Andrade
Luma Andrade foi preterida pelo Ministro da Educação do Pros para ser reitora da universidade pública contrariando o pedido dos estudantes preferindo escolher um nome desconhecido da comunidade escolar.
"REPRODUÇÃO DE VIOLÊNCIAS"

"Quando você institui um modelo você cria vários modelos que devem ser descartados. E nós temos vários Hitleres vivos pro aí que utilizam do jurídico, da biomedicina e da religiosidade para continuar fundamentando o pensamento que tem o objetivo de negar sujeitos que não estão de acordo com os padrões hegemônicos. Isso que causa as consequências que nós temos vistos de não aceitar as diversidades sexuais. Dentro das diferenças não dá para se comportar como iguais porque nós somos todos diferentes: fisicamente, mentalmente, psicologicamente. Se não der abertura para as diferenças nós vamos continuar reproduzindo violências".


"Algumas pessoas falam que se fossem estudar com professor homossexual não estudava, discriminam. Tem muitas cenas estranhas". (Camila Melo Costa Oliveira, aluna da oitava série)





 Sayonara Naider Bonfim Nogueira
(professora de geografia e travesti)
“A escola ainda é um motor de exclusão”, diz professora travesti Sayonara Nogueira.
"São 15 anos lecionando num espaço muitas vezes hostil para a diversidade".
http://www.nlucon.com/2015/10/a-escola-ainda-e-um-motor-de-exclusao.html


Mara Michele

http://sintep2.org.br/sintep/exibir.php?exibir=1&id_l=4942

Mara Michele, técnica em Desenvolvilmento Infantil (TDI) concursada vem sofrendo constrangimentos e discriminação por sua identidade de gênero em seu ambiente trabalho no Centro de Educação Infantil Vovó Teresinha por parte da direção (gestão da escola) e por uma funcionária da escola que é pastora de uma igreja onde os pais de um aluno de cinco anos frequenta. Ela é pastora na igreja dos pais da criança, e não respeita a identidade de gênero dela, se recusando a chamar ela pelo seu nome social”, O abalo gerado nela pelos vários constrangimentos vivenciados fez com que a técnica concursada fosse  buscar alguma ajuda da Defensoria Pública que cobra uma atitude real da Secretária Municipal de Educação de Alto Paraguai Sandra Real contra essa violação de direitos humanos e constitucionais.


Educadora denuncia discriminação de gênero em escola.


O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), cobra esclarecimentos da Secretaria Municipal de Educação de Alto Paraguai e da direção do Centro de Educação Infantil Vovó Nezinha, no município, sobre suposto ato discriminatório no exercício profissional, contra a técnica em Desenvolvimento Infantil (TDI), socialmente identificada como Maria Michelle Ferreira de Almeida.

Maria Michelle é o nome social de José Maria Ferreira de Almeida. A técnica atua há três anos na escola, após tomar posse no Concurso Municipal. Há alguns meses ela passou a sofrer discriminação por sua identidade de gênero, por parte da direção do Centro de Educação, tendo inclusive recebido uma “orientação” para que não frequentasse a escola no período fora da jornada de trabalho.

Segundo ela, a motivação da gestão para os atos teria partido da reação de uma criança de cinco anos, que frequenta o Centro Infantil no contraturno de sua jornada. “Por vezes cobrimos uma colega de outro período, e criança me vê na escola”, disse. Porém o preconceito tem sido evidenciado também por uma funcionária. “Ela é pastora na igreja dos pais da criança, e não respeita a minha identidade de gênero, se recusando a me chamar pelo meu nome social”, relata. Pelos vários constrangimentos vivenciados a técnica foi buscar reparação na Defensoria Pública e tem recebido apoio de movimentos LGBT’s de vários estados brasileiros.

O Sintep/MT, como entidade de defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as da educação pública, e atuante na questão dos direitos humanos, condena qualquer ato de preconceito e cobra do governo municipal, em específico da secretária de educação, Sandra Carvalho, assim como da direção do Centro Educacional, um posicionamento sobre atitude inconstitucional.

“Defendemos a escola humanizadora, pública, democrática, laica e socialmente referenciada. Por esse motivo, repudiamos quaisquer formas de discriminação, seja por credo, etnia, gênero, condição social ou outro”, destaca a vice presidente do Sindicato, Jocilene Barboza.

O ocorrido no Centro Educacional Vovó Nezinha fere o artigo 5ª da Constituição Federal quando discrimina pela identidade de gênero ou orientação sexual. E mais, contradiz a Resolução CNE nº 2/2012 que estabelece as diretrizes para a educação em direitos humanos e a Parecer nº 010/2009 do Conselho Estadual de Educação (CEE-MT) que reconhece o nome social.

Assessoria/Sintep-MT

VER TAMBÉM 
O PRECONCEITO SISTEMÁTICO COM TRANSEXUAIS NO MERCADO DE TRABALHO EDUCAÇÃO PÚBLICA E PARTICULAR

Louvado O Senhor Jesus Cristo para sempre.

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